quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O que foi. O que virá.

Meu balanço de fim de ano. É meu, é um ano inteiro. Fiquem à vontade para ler, ou não.

No ano que passou deixei minha vida profissional se acomodar, deixei que a rotina fosse companheira, quis ficar perto da comodidade, da certeza, sem buscar muito além. Muitos projetos concluídos, muito trabalho, mas nada ainda tão grandioso. Sem riscos e mudanças, algumas barreiras rompidas, alguns eventos, algumas frustrações, vitórias e sucesso pra recordar. Um ano profissional sem turbulências, mas com dinheiro no bolso para fazer o que quisesse e pagar o cartão de crédito no fim do mês.



Esse ano eu conheci muitos lugares. Viajei como nunca. Pessoas, lugares, comidas, bebidas, baladas, sentimentos e sensações que ainda não havia experimentado. Esse ano eu me dei liberdade. Um amor em cada porto, ah se eu fosse marinheiro.


Nesse ano eu conheci a cidade dos meus sonhos. Passei as férias visitando a casa Rosada, Palermo, San Telmo, Recoleta, Puerto Madero e tantos outros lugares admiráveis. Não cansei de comer empanadas, beber vinho e quilmes. Passei meus dias a admirar as cores e os sons do caminito. Explorei meu amor pelo futebol na Bombonera. Me apaixonei a partir do momento em que pisei naquela cidade. Aqueles cabelos compridos, atrapalhados, aquela língua enrolada. Vi meu dinheiro valendo o dobro e meu espanhol ser tão fluente quanto... bom quanto nada, porque só eu entendia o meu espanhol. Mas tem horas que a gente nem precisa falar nada pra se entender né? Andei descalça no meio da Corrientes. O Obelisco se tornou meu ponto de referência. Fiz grandes amigos. Aprendi, experimentei, ensinei, vivi. E quis ficar.


Nesse ano eu me decepcionei com amigos. Me reaproximei dos melhores amigos. Nesse ano eu vi o que realmente é para sempre.


2010 eu dei murro em ponta de faca. Água mole em pedra dura, bateu, bateu e nada furou. Eu aprendi que pessoas podem se amar e que só amor não é suficiente para estar. Descobri que não se pode prender quem é do mundo. E que pra ser feliz, temos que nos respeitar e saber viver pra si. Que a felicidade está dentro de mim e não do outro.


Sofri, senti ciúme de doer. Senti raiva, ódio. E passou.


Senti saudade.


No fim desse ano eu me lembrei o quanto eu gosto de micareta, de abadás e das minhas amigas junto comigo.


Foi no fim desse grande ano que eu vi Sir Paul McCartney cantar. Foi nesse show que chorei ouvindo Blackbird. E que quase morri de alegria ao ouvir Eleanor Rigby. Foi nesse dia que um sonho eu realizei. Meu pedacinho de Beatles, na minha frente. Eu estava lá.


Nesse ano entrei pra estatística. Nada que eu ache bacana, mas que pra viver a gente tem que experimentar até arrependimentos.


Vi meu time quase ser campeão, enquanto meu “rival” lutava pra não cair pra segundona.


Nesse ano minha mãe se mudou pra São Paulo. Foi ser feliz. E deixou eu e meu irmão livres para também sermos.


Nesse ano eu fiz 25 anos e pirei. Quem acompanha aqui sabe das contas que fiz. Mas nesse mesmo ano eu coloquei na minha cabeça que fazer planos e contas não valem pra mim. Eu vivo, deixo as coisas acontecerem e espero que aconteçam.


Deixei minhas unhas e meus cabelos crescerem.


Em 2010 odiei tantas coisas e pessoas.


E chego ao fim desse ano apenas com amor no coração.


Mas se posso pedir por algo, pediria paciência, mais tolerência, mais calma, menos impulsividade e muita saúde pra viver tudo que é meu.


Desse ano eu levo tudo. Porque tudo que vivi é um grande aprendizado.


2011? Eu deixo vir, dispenso a previsão.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cadê ela?

Parece que roubaram minha inspiração.


... cabeça a mil e as palavras simplesmente não saem, não fazem sentido.
Eu já nem sei o que quero, espero ou vivo.


Escrever tá me fazendo tanta falta, mas eu realmente não sei o que dizer.
Não é tristeza, nem falta dela.
Não é felicidade, nem o que sobra dela.

Acho que estou um pouco vazia.
Ou estou me arrumando.


Vou continuar a tirar as roupas do armário, os papéis da gaveta e os amores do coração.
Quando eu souber o que dizer, eu volto.

Podem me esperar voltar?
Até logo. Até breve.