É que ele cabe no meu abraço.

De migalha não sou eu que vou viver..

Eu sou da turma do copo inteiramente cheio, nada de metade cheio e metade vazio não! Gosto assim, de intensidade, o morno não me serve, não me apetece.

Confesso que toda essa vontade de tudo ás vezes me traz problemas, minha maldita impulsividade catastrófica beira ao poder do Katrina em termos de destruição.Avassaladora eu diria. Mas é que eu sou fogo. E gosto de tudo, de muito, do que puder ser. Já vivi com um pouco e mesmo que esse pouco fosse só meu, não é isso que mereço. Isso não me basta.

Não quero minha metade da laranja, quero a laranja inteira, do suco ao bagaço.

Em dias cinzas eu me perco um pouco no que sou, lá fora a chuva até parece meus dias de lágrimas, o céu escureceu mesmo ainda sendo parte do dia. E mesmo hoje sendo um dia assim, cinza, eu acho que me encontrei aqui na bagunça dos pensamentos.

Eu cai na real, acordei, um estralo, um flash, um insight, como queiram chamar o momento em que você diz pra você mesma "Alouu!".

Foi quando eu percebi que pessoas como eu, intensas, são assim avassaladoras, exigentes e sim, criam expectativas porque queremos o melhor, queremos o mundo. E não é nossa culpa se as expectativas não são correspondidas. Eu não sou obrigada a aceitar o que podem me dar, eu quero que me dêem tudo que quero e mereço, se isso é muito pra você, então você tira o seu caminhãozinho da minha pista, porque aqui meu querido, tem areia demais!

Sabe o que é?

É que eu quero abraçar o mundo e o mundo? Bem, esse cabe no meu abraço.